domingo, 14 de abril de 2013

Formiga amiga



    Mansores - Lugar das agras - Capela de Santo António - O pequeno sino da capela do meu lugar.
                                                                 

    Formiga amiga
- Bom dia senhora formiga,
  quer ser minha amiga?
- Não sei não, senhora gigante,
  ainda só a vi há um instante!
- Vá lá, apenas quero conversar,
  ter uma amiga para brincar!
- Mas como poderá lá ser,
  que coisas poderemos fazer?
- Brincamos ao faz-de-conta,
   mas sem eu ficar tonta!
- Não me parece boa ideia,
  tenho que trabalhar até à ceia.
- Não pode ser, só trabalhar,
  não há tempo para brincar?
- Que queres minha menina,
  tu és grande, eu pequenina.
- Mas eu sou ainda criança,
  dá-me alguma esperança!
- Eu vou por aqui andar,
  se quiseres podes observar!
- Eu quero mais, a sua atenção,
  senão ainda me dói o coração.
- Não pode ser, não poder ser,
  tenho muito que fazer!
- Não me deixe assim,
  que será de mim?
- Se queres ser minha amiga,
  deixa-me ser sempre formiga!

Domingo, dia 14 de Abril de 2013

Sem nome



                     Mansores - Lugar das Agras - Vista da capela de Santo António

Sem nome

Não me digas o teu nome.
Diz-me de ti, com verdade,
no rosto, na alma enorme,
teu jeito, gestos de liberdade. 

Não quero saber teu nome.
Só quero teu rosto guardar,
teu modo da vida alegrar,
mesmo na dor, na fome.

Se teu nome eu souber,
por certo irei esquecer.
Se me deres teu olhar,
eternamente irei guardar.


Quinta-feira, dia 11 de Abril de 2013