sábado, 9 de novembro de 2019

Sou de mim, sou de ti, sou....
Sou de saudade, de muita tristeza ,
alguma alegria.
Sou de quem me toca,
de quem eu quero tocar.
Sou da chuva, do vento,
do sol de inverno.
Sou riacho sem fundo,
cascata desvairada.
Sou pequenez e cobardia
junto aos sonhos que sonho,
sonhando em claro dia.
Como eu desejo tanto ser
sonho encantado de mim.
Correr, sem medo da encosta íngreme,
deixar-me voar, de um jeito tranquilo,
planar como o milhafre lá em cima.
E nada mais me querer,
eu querer.
E, como que magia da natureza,
dissipar-me como neblina matinal,
nunca deixando de existir.


Agras, 09/11/2019