Estou, estando indefinidamente, assim...
Não me cabe definir em palavras,
se coragem me falta para te abraçar.
Por uma última vez que seja,
jão não suporto mais.
Pedes-me com o olhar,
esse lindo olhar que eu sempre amarei.
Não suporto mais, tenho que fugir...
E não deixo de levar-te comigo,
sempre fugindo, sempre fugindo...
De que me fiz, de que substância
todo o meu ser é composto?
Que raio me havia de acontecer,
sempre e sempre?
O que é que eu fiz, ou não?
Então, não era assim que a vida era para ser?
Então, como é que era para fazer?
E o amor, o amar, o dar-se por completo?
Não era bem assim? Então de que jeito?
Compreendi tudo errado, virado?
E agora, que não sei ser de outro jeito?
Lugar das Agras, do meu sitio, a vinte de Abril de dois mil e vinte e um