segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Marta



A Marta era uma criança muito amorosa que adorava animais. Com os seus sete anos, tinha um corpo franzino, os olhos castanhos e pequenos. Tinha o cabelo preto com uns lindos caracóis. Adorava que a sua mãe lhe fizesse todas as manhãs uns totós. Só usava meias às riscas que podiam ser de variadas cores. Vivia com os seus pais à beira de um rio com um enorme jardim onde costumava brincar com os seus vizinhos. No seu quarto havia muitos espelhos e bonecas espalhadas por todos os cantos. Naquela noite o vento soprava muito forte. Ela adormeceu cedo no quentinho da sua caminha. Na manhã seguinte acordou cedo. Era um dia de Outono e chovia muito. Ao espreitar pela janela do seu quarto viu uma pequena tartaruga. Parecia estar aleijada. Não pensou em mais nada senão ir socorrê-la. Vestiu-se à pressa com roupa muito quentinha, correu para a mãe e contou-lhe o que tinha visto.
-Mãe, está lá fora uma tartaruga- disse ela preocupada.
-Calma, primeiro toma o pequeno-almoço que eu ajudo- respondeu a mãe tentando acalmar a filha.
A Marta, um pouco amuada, fez-lhe a vontade. Rapidamente tomou o pequeno-almoço na ânsia de ir ajudar a pobre tartaruga. Juntamente com a mãe foi buscar uma caixinha e, depois de bem agasalhados, meteram-se à aventura. Lá fora fazia chuva, frio e muito vento. Era preciso tomar cuidados para não adoecerem. Ao chegarem perto da tartaruga, viram um animal assustado e em sofrimento. Sem pensarem duas vezes colocaram-na na caixinha e regressaram a casa rapidamente. Já no quentinho junto à lareira, observaram melhor o que se passava com ela e então descobriram um espeto na sua patinha direita. Com muito cuidado, a  mãe depois de ter ido buscar o estojo de primeiros socorros, começou a tarefa delicada de lhe tirar o espeto. A Marta estava ansiosa e preocupada. E enquanto fazia mimos à pequena tartaruga ia conversando com a mãe e pedindo-lhe para ela não magoar a sua nova amiga. Tudo correu bem e era visível a alegria da tartaruga. A Marta insiste com a mãe em ficar com ela a mãe explica-lhe que ela tem de viver ao ar livre. Então surgiu a ideia de a colocar no lago que existia no jardim. Assim a Marta podia visitá-la todos os dias.    

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