quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Triste sonhador







Triste sonhador


Triste sonhador sinto que sou,
lamentos da alma, adormecida.
Um acordar, do sonho que sonhou,
da memória, vivida e não esquecida.

Reúno retalhos de momentos vividos,
manta de farrapos que procuro fazer,
sem arte, apenas um sentido querer,
dar vida, dar corpo e alma, aos adormecidos.

Percorro devagar os caminhos de ontem,
no desejo de os encontrar, imaginar.
São olhares de afecto, as mãos sentem
caricias, rostos para todo o sempre amar.

Mas sente que tudo mudou, passou.
Procura mas sabe que não encontrará.
Sonha, mas sente que apenas o será,
há muito que partiram, os que amou.

Inventa novos caminhos, observando
o romper da aurora, um novo querer.
Ergue-se em direcção à luz, sonhando,
desejando encarecidamente adormecer.

Quarta-feira, 14 de Novembro de 2012


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