terça-feira, 8 de maio de 2012

O novo Homem


O novo Homem

            O Homem como qualquer outro Ser Vivo nasce com o instinto pela sobrevivência. No começo, tinha de se defender dos perigos que existiam na Natureza. Instalou-se em cavernas como refúgio para se proteger dos seus predadores e ter algum conforto em condições climatéricas adversas. O princípio era sobreviver e preservar a sua espécie. Foi evoluindo as suas técnicas e habilidades. Descobriu como manipular o fogo, construiu ferramentas para se defender dos predadores e ao mesmo tempo obter mais facilmente alimento: aperfeiçoamento da arte de caçar e desenvolvimento da agricultura.
            Hoje o princípio mantém-se. No entanto o Novo Homem para sobreviver não tem apenas de se defender dos seus “predadores”, mas também necessita de ter inúmeros conhecimentos para se orientar nesta sociedade. Desde que nasce, a sociedade prepara-o para o complicado sistema em terá que se inserir.
            As cavernas transformaram-se em apartamentos, o “fogo” transformou-se em informação. Isto é, como outrora o domínio do fogo era essencial para se proteger e viver melhor, hoje o conhecimento é essencial para os mesmos fins. Ou seja um cidadão comum necessita de uma longa aprendizagem apenas para levar o dia-a-dia. Os predadores continuam a existir, sobre outra forma, mas igualmente vorazes e dizimadores. O Novo Homem continua a ter que dominar armas de defesa para não ser uma presa fácil. É fácil perceber esta ideia se pensarmos no que acontece com uma publicidade enganosa. Se este não possuir um espírito crítico apurado é facilmente manipulado.
            Contudo, o novo Homem tornou-se vítima do que criou. Os meios de comunicação social através da informação que nos transmitem moldam a nossa personalidade. Podemos dizer que o Homem é muito permeável em relação à informação que o rodeia. Pode acabar mesmo por ser o “fruto” dessa mesma informação. Com isto ele torna-se num ser sem personalidade própria perdendo a sua singularidade. As suas ideias deixam de vir do seu “interior” e passam a vir da sua capacidade de analisar e gerir a informação com que é diariamente “bombardeado”. No entanto este novo ser é estranho. Enquanto pensa que se pode afirmar pela sua singularidade, capacidade crítica, espírito criativo, pensamento livre e sonhador, está na realidade acorrentado às regras e informação que lhe são infligidas. Deverá e quererá Libertar-se?

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