O dia está frio. Chove devagar.
Os ramos baloiçam, suavemente.
Pela janela, passeia a alma e o olhar,
Ficando o corpo agasalhado no quente.
Os gatos à soleira estão
Por certo à espera de pão.
Não sei não, talvez uma mão
Que um mimo não cai no chão.
Rum-rum, o típico ronronar
Como no colo me é familiar.
Enroladinho, como a casa do caracol
De pêlo fofo e quente, à espera do sol.
Andam os filhotes, por certo a brincar.
Brincadeiras, criando e imaginando
Certo é gostar de com eles estar
E ser parte, viva, nos sonhos voando.
Ó vento que passa e sempre volta,
As tuas viagens me contam baixinho.
Dói-me alma de não poder ir à solta
Por caminhos que nem sequer adivinho.
Está na hora, tenho que ir, ai que pressa.
Tantas coisas e eu sem vontade alguma.
Ai de mim se não me ajudam. Vá, começa
Por aqui ou por ali é melhor que nenhuma.
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