quinta-feira, 3 de maio de 2012

Poema





Os pés na água, o tronco inclinado para diante
um movimento rápido com o braço, eis que ai vai.
Pedrinha fininha voando, na tona da água, saltitante
deixa o pequeno aventureiro radiante.

Uma vez e mais outra tentando alcançar
o maior número de saltinhos, sem se afundar.
Naquele rio tão vivo, com cuidado saltando
de pedra em pedra, o tempo foge, vai se esvoando.

Perde-se em aventuras o grande aventureiro,
como miúdo da escola brincando no recreio.
Sonhando um sonho real, querendo sem receio
que o tempo ali se quede por instantes, companheiro.

2 comentários:

  1. Olá! Sê bem vindo à blogosfera : )
    Este poema fez-me voltar a ter 10 ou 12 anos.Trouxe-me a minha imagem com o meu pai, junto ao rio, tentando que a minha pedrinha saltitasse tanto como a dele. Que bela lembrança, de um tempo em que vivia sem tantas correrias ou preocupações!
    Gostei muito! Temos poeta!! : )
    Parabéns!!

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    1. Olá, boa noite. É um pouco estranho receber um comentário. É a primeira vez que alguém o faz. Obrigado por te dares ao trabalho de ler o texto. Tudo está a acontecer de uma forma desordenada com os meus filhotes. Para mim é uma forma de interagir com o mundo deles, que também é o meu. Acho que sabes o que quero dizer. Não existem objectivos a atingir: isso para mim é o mais importante. De resto é aproveitar para brincar do faz-de-conta que se é escritor, poeta, tudo que se possa imaginar. Bons sonhos.

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